sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Rilke e sua docilidade poética.

Só interiormente, o mundo das coisas efêmeras e perecíveis, que é o nosso mundo, continuará a existir. O que "cai e desaparece" aos nossos olhos continua a existir no coração do poeta."Nós somos as abelhas do invisível". Nous butinons éperdument le miel du visible pour l'accumuler dans la grande rûche d'or de l'invisible, disse Rilke na sua famosa carta a Hulewicz. Nessa transformação do visível, que é o mundo dos olhos, no invisível que se acumula, transfigurado e salvo, em nosso coração, está a essência da metamorfose.

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