quinta-feira, 31 de março de 2011

Veríssimo !!!

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo

terça-feira, 29 de março de 2011

Dorian Gray - Official Movie Trailer [High Quality] - HD

Dorian Gray por Oscar Wilde.


Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos labios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido.
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um gruto ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porém ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto à janela...

Neruda

The Cranberries - Ode To My Family

Como diria um amigo,o amor é uma decisão e não um sentimento.

A psicologia descreve o amor como um fenômeno cognitivo e social. O psicólogo Robert Sternberg formulou uma teoria triangular do amor e discutiu que o amor tem três componentes diferentes: Intimidade, Compromisso, e Paixão. A Intimidade é a forma pela qual duas pessoas podem compartilhar segredos e vários detalhes de suas vidas pessoais. A intimidade é mostrada geralmente nas amizade e em romances românticos. O Compromisso, de um lado, é a expectativa que o relacionamento irá durar para sempre. A última e a mais comum forma do amor são atração sexual e Paixão. O amor apaixonado aparece na atração bem como no amor romântico. Isto levou pesquisadores como Yela a refinar mais o modelo separando a Paixão em dois componentes independentes: Paixão erótica e Paixão romântica. Depois dos avanços nas “teorias sobre eletricidade”, tais como a lei de Coulomb, que mostrou que as cargas positivas e negativas se atraem, analogias para a atração humana foram criadas, como “opostos se atraem”. No século passado, pesquisas sobre a natureza da união humana, como as da psicologia evolucionária, defenderam que pares se unem devido a uma combinação de atrações opostas, por exemplo, as pessoas com sistemas imunitários diferentes tendem a se atrair, e os gostos, a personalidade, o caráter, o modo como vêem as coisas, etc. Nos últimos anos, várias teorias sobre a união humana surgiram relacionadas a apego, laços, ligações, e afinidades. Alguns pesquisadores ocidentais separaram dois componentes principais, o altruísta e o narcísico. Esta visão é representada nos trabalhos de Peck Scott, cujos trabalhos no campo de psicologia aplicada exploraram as definições do amor e do ódio. Peck defende que o amor é uma combinação do interesse pelo crescimento espiritual do outro e também narcisismo. Nesta combinação, o amor é uma ação, não simplesmente um sentimento.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Finalizando o livro e compartilhando presentes.

O segredo do amor é a androgenia: somos todos, homens e mulheres, masculinos e femininos ao mesmo tempo. É preciso saber ouvir. Acolher. Deixar que o outro entre dentro da gente. Ouvir em silêncio. Sem expulsá-lo por meio de argumentos e contra-razões. Nada mais fatal contra o amor que a resposta rápida. Alfange que decapita. Há pessoas muito velhas cujos ouvidos ainda são virginais: nunca foram penetrados. E é preciso saber falar. Há certas falas que são um estupro. Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir. E, sobretudo, os que se dedicam à difícil arte de adivinhar: adivinhar os mundos adormecidos que habitam os vazios do outro.
Rubem Alves

quinta-feira, 24 de março de 2011

Paraíso: O divino se faz carne. Rubens Alves

Pus-me então a pensar sobre a diferença entre prazer e alegria — ambos muito bons. E estas foram as conclusões a que cheguei.
Sobre o prazer:
(1) O prazer só acontece se o corpo tiver a posse do seu objecto. O prazer do sorvete só existe se houver um sorvete a ser lambido. O prazer do suco de pitanga só existe se houver suco de pitanga para ser bebido. O prazer do beijo só existe se houver a pessoa amada a ser beijada.
(2) O prazer se farta logo. Quantos sorvetes sou capaz de tomar antes que ele se transforme de objeto de prazer em causa de sofrimento? Quantos copos de suco de pitanga sou capaz de tomar antes que o corpo diga:
“Não aguento mais!”? Quantos beijos se pode dar na pessoa amada antes de enjoar? O prazer tem vida curta. O evangelho do prazer reza: “Bem-aventurados os que têm fome porque serão fartos”.

Sobre a alegria:
(1) A alegria não precisa da posse do objecto desejado para existir. Lembro-me do rosto de um amigo — ele já morreu —, mas esta simples memória me traz alegria, junto com uma pitada de tristeza. Sentimos alegria lendo uma obra de ficção, um objecto que nunca existiu pode nos
dar alegria, como é o romance entre Fiorentino Ariza e Firmina Daza ou o filme A festa de Babette. Paul Valéry: “Que somos nós sem o socorro das coisas que não existem?”. Que seres estranhos nós somos, capazes de nos alegrarmos comendo frutos inexistentes!
(2) A alegria nunca se farta. A alegria pede mais alegria. Alegria é fome insaciável. Da alegria nunca se diz: “Estou satisfeito!” “Chega!” O evangelho da alegria é diferente do evangelho do prazer: “Bem-aventurados os que têm fome porque terão mais fome!” Mas, vez por outra, a alegria e o prazer acontecem juntos. Quando isso acontece o corpo experimenta uma
efémera epifania do Paraíso: o divino se faz carne… Meu método se inspira na música e na poesia. As duas, poesia e música, são irmãs. Fernando Pessoa diz que poesia
é uma rede de palavras por cujos interstícios se ouve uma melodia que faz chorar. Todo dizer poético aspira por um silêncio de palavras — para que a música seja ouvida.




Rubem Alves

segunda-feira, 21 de março de 2011

O céu da minha Bahia.

A franja da encosta
Cor de laranja
Capim rosa-chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui trem das cores
Sábios projetos
Tocar na Central
E o céu de um azul celeste
Celestial



Podem meter o pau na Yoko, mas vendo um filme sobre eles, pude ver que ali existia AMOR, com todos os as, ms,os e rs.

John Lennon stand by me.

neneh cherry - woman (1996)

Ensaiando pra cantar assim que der...

Presente do dia...

Eu aprendi ...



...que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos e maravilhosos do mundo;



Eu aprendi

...que ser gentil é mais importante do que estar certo;


Eu aprendi...

...que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;



Eu aprendi...

...que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos;



Eu aprendi...

...que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para
segurar e um coração para nos entender;



Eu aprendi...

.. .. que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;



Eu aprendi...

...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;


Eu aprendi...

...que dinheiro não compra 'classe';


Eu aprendi...

...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;





Eu aprendi...

...que debaixo da 'casca grossa' existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;



Eu aprendi...

...que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?

Eu aprendi...

...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...

...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;



Eu aprendi...

...que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa , é me cercar de gente mais inteligente do que eu;





Eu aprendi...

...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;



Eu aprendi...

...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...

...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...

...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...

...que Deus jamais nos dá uma cruz da qual não possamos carregar...

Eu aprendi...

...que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi...

...que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;




Eu aprendi...

...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;



Eu aprendi...

...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você está escalando-a;



Eu aprendi...

...que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;



Eu aprendi...

...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.


Eu aprendi...

...que saudade doi...


Eu aprendi...

...que só damos valor quando perdemos...


Eu aprendi...

...que a vida é uma só... e o tempo não pára e nem volta mais... Portanto temos que viver o hoje como se não houvesse o amanhã...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ah, Vinícius De Moraes. Dá uma vontade de se enamorar eternamente...

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você
Vinícius de Moraes

Boca da verdade. Roma/ Itália.

Eu, em preto e branco.

domingo, 13 de março de 2011

‎"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal." Nietzsche

Fagner, musica "Cartaz ". Participação Especial de Dominguihos.1988

Cartaz - Fagner

Tem bobagens que me deixam com o astral lá em cima, uma receita de bolo bem feita, um cafezinho na hora certa, o sol saindo ( puxa, essa não é bobagem, é um deleite), uma frase que cai como uma luva quando eu mais preciso ou até mesmo uma música esquecida, resgatada do túnel do tempo.
Essa de Fagner, me fez ter vontade de colo e sair de mãos dadas com todo "cartaz" que um grande amor merece.
Eu sonhei com você
Eu quero me deitar
Numa tarde assim, namorar
Entre o azul do céu
E o verde do mar
Tanta coisa ainda há...

Amanhã tudo pode acontecer
Hoje a nossa vida é pequena
Amanhã tudo pode anoitecer
Se você vem comigo
Eu não choro mais...

O que eu quero dizer
O teu sorriso atrai
Entre as coisas mais lindas
Você me dá prazer
Você me dá cartaz
E tudo que eu preciso...

Amanhã tudo pode acontecer
Hoje a nossa vida é pequena
Amanhã tudo pode anoitecer
Se você vem comigo
Eu não choro mais...

Cai o azul do céu
Sobre o verde do mar
Tanta coisa ainda há lá
Você me dá prazer
Você me dá cartaz
Se você vem comigo
Eu não choro mais...

Iaaaá iá iá iá iá iá iá iá
iá iá iá iá iá iá iá iá iá
Iaaaá iá iá iá iá iá iá iá
iá iá iá iá iá iá iá iá iá...

Variações sobre o prazer. Rubens Alves

Estou devorando Rubens Alves e suas variações sobre o prazer e me deparei com uma premissa:
Abro parênteses, ( Sempre admirei Saint Exupery e a sua tão famosa frase, " Te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas), tranco os parênteses a 7 chaves... Eu Lady Dan, me apeguei a isso com todas as minhas forças e de fato internalizei essa meia verdade, passados anos  e lendo Rubens, me dei conta de que há controvérsias, vamos a elas:

Não, não são os inimigos que me impõem o intervalo. Inimigos – não lhes dou a menor importância. Os desejos que me pegam são os desejos das pessoas que amo – anzóis na carne. Como tenho raiva do Antoine de Saint Exupéry – “tornamo-nos eternamente responsáveis por aqueles que cativamos…” Mas isso não é terrível? Ser responsável por tanta gente? Cristo, por amar demais, terminou na cruz. Embora não saibamos, o amor também mata.

Então, abandonar o amor? Não. Mas é preciso escolher. Porque o tempo foge. Não há tempo para tudo. Não poderei escutar todas as músicas que desejo, não poderei ler todos os livros que desejo, não poderei abraçar todas as pessoas que desejo. É necessário aprender a arte de “abrir mão” – a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial. (...)
 

Então obrigadíssimo sr. Rubens Alves, por abrir meus horizontes.

Pra fechar bonito, emendo com Rilke :


Quero lhe implorar
Para que seja paciente
Com tudo o que não está resolvido em seu coração e tente amar.
As perguntas como quartos trancados e como livros escritos em língua estrangeira.
Não procure respostas que não podem ser dadas porque não seria capaz de vivê-las. E a questão é viver tudo. Viva as perguntas agora.
Talvez assim, gradualmente, você sem perceber, viverá a resposta num dia distante.

Rainer Maria Rilke

sábado, 12 de março de 2011

REM -- Every Day Is Yours To Win -- Collapse Into Now - Lyrics

Se o que você esta fazendo for engraçado, não há necessidade de ser engraçado para fazê-lo.

Metrô Sândalo de Dândi. Essa música me acompanha a muito tempo e virou um hino pra mim.

Todas as cartas de amor...
Fernando Pessoa(Poesias de Álvaro de Campos)

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Leoni Dublê de Corpo

A felicidade exige valentia...

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Obs. Me parece que este texto é de Fernando Pessoa, fiquei com preguiça de procurar, mas enfim, contudo, todavia...valeu ter lido, de onde quer que tenha vindo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Somos todos anjos com apenas uma asa, somente conseguimos voar um abraçando o outro."

Se eu acredito em anjos, claro que sim, olha um bem lindo aí do meu lado, as vezes penso que sou rodeada deles, me protegendo, cuidando, velando por mim. De vez em quando e de quando em vez, postarei aqui o rostinho destas pessoinhas mais queridas...

O Sentido da Vida

Clip - Os Oim Do Meu Amor. Adorava essa banda, Cordel do fogo encantado, um estilo único e divertido de fazer cordel.

O Amor é Filme!

Lisbela - Los Hermanos

Retrato Pra Iaiá

Los Hermanos

Composição: Marcelo Camelo; Rodrigo Amarante
Iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei
e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei.
Depois de ter vivido o óbvio utópico
te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer:
Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.
De perto eu não quis ver
que toda a anunciação era vã.
Fui saber tão longe
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher.
E agora o que sobrou:
Um filme no close pro fim.

Essa Clarice...loucura pouca, é bobagem!!!

Gosto dos venenos os mais lentos!
As bebidas as mais fortes!
Dos cafes mais amargos!
E os delirios mais loucos.
Voce pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí
eu adoro voar!!!
clarice lispector

quarta-feira, 9 de março de 2011

Al Green-Lets Stay Together

A solução do enigma da vida no espaço e no tempo encontra-se fora do espaço e do tempo.

Parece um louco, mas Ludwig Wittgenstein
Austria
1889-1951

era lúcido e prático em seus pequenos textos.
Descobri por acaso em uma livraria e me senti a vontade em folhear, folhear e folhear...

Caitlin Rose - For The Rabbits

Eu só queria saber por quê...

Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável:
alem do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo. O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída.

 
Li essa poesia, escutando o "teatro dos vampiros" ( http://www.youtube.com/watch?v=mCIuFDs1K8k) e me pareceu algo meio inverso, mas ao mesmo tempo tão complementar. Um pregando novos rumos e consciência e o outro nas lamúrias de um passado que não leva a futuro algum...
As certezas brincando com as incertezas, num jogo que deu certo. Pelo menos na minha modesta e sempre apaixonada visão poética .
Adorei e resolvi poetizar este momento:
 
Eu escuto as suas palavras em meu peito de uma forma doce e enigmática, parecem mágicas, soltas ao vento e viram bolas de sabão por entre os meus medos.
Ouso perguntar se penso em desfazê-las e ou se elas se desfarão, assim como os meus sentimentos se dissolvem em prantos e recorrem ás lágrimas que teimam em encharcar-me, numa tortura constante, ilícita, vibrante e inquestionavelmente sofrida, por viver um momento incerto e por ser incerto, amarga em um nó penetrante como um punhal de sete dores.
Durmo, sonho e acordo o medo de ter você e até mesmo o medo de te perder, uma angústia entre o o ter e o deixar, entre o partir e o ficar, acuado, me sinto um bicho sem norte, sem rumo, em busca de uma direção precisa para chegar a lugar algum.
Me perco e me acho em  sonhos repetidos que mais parecem sensações de "Dejavour". Sem pressa de acordar, me entrego a um ciclo de recordações que insistem na ideia fixa que fazem parte de mim, do meu eu, do eu que rejeito, desprezo e fecho a porta, sem saber qua a casa já está em posse alheia, tomada, dominada por um querer presunçoso, querer maldoso, querer furioso de se fazer justo, santo, quase um deus.
Dan