quarta-feira, 9 de março de 2011

Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável:
alem do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo. O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída.

 
Li essa poesia, escutando o "teatro dos vampiros" ( http://www.youtube.com/watch?v=mCIuFDs1K8k) e me pareceu algo meio inverso, mas ao mesmo tempo tão complementar. Um pregando novos rumos e consciência e o outro nas lamúrias de um passado que não leva a futuro algum...
As certezas brincando com as incertezas, num jogo que deu certo. Pelo menos na minha modesta e sempre apaixonada visão poética .
Adorei e resolvi poetizar este momento:
 
Eu escuto as suas palavras em meu peito de uma forma doce e enigmática, parecem mágicas, soltas ao vento e viram bolas de sabão por entre os meus medos.
Ouso perguntar se penso em desfazê-las e ou se elas se desfarão, assim como os meus sentimentos se dissolvem em prantos e recorrem ás lágrimas que teimam em encharcar-me, numa tortura constante, ilícita, vibrante e inquestionavelmente sofrida, por viver um momento incerto e por ser incerto, amarga em um nó penetrante como um punhal de sete dores.
Durmo, sonho e acordo o medo de ter você e até mesmo o medo de te perder, uma angústia entre o o ter e o deixar, entre o partir e o ficar, acuado, me sinto um bicho sem norte, sem rumo, em busca de uma direção precisa para chegar a lugar algum.
Me perco e me acho em  sonhos repetidos que mais parecem sensações de "Dejavour". Sem pressa de acordar, me entrego a um ciclo de recordações que insistem na ideia fixa que fazem parte de mim, do meu eu, do eu que rejeito, desprezo e fecho a porta, sem saber qua a casa já está em posse alheia, tomada, dominada por um querer presunçoso, querer maldoso, querer furioso de se fazer justo, santo, quase um deus.
Dan

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